A primeira turma de pedagogia do IFRS-Campus POA
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Marcia Tiburi
IFRS – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
MARCIA TIBURI – FILÓSOFA
NOME: ADRIANA INES CENATTI
PROFESSOR: FLADEMIR
JANEIRO/2012
MÁRCIA TIBURI, nasceu em Vacaria em 06 de abril de 1970. É uma artista
plástica, professora de Filosofia e escritora brasileira.
Graduada em filosofia, pela pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), e em artes plásticas, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996); mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade do Rio grande do Sul (1994) e doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) com ênfase em Filosofia Contemporânea.
Seus principais temas são ética, estética e filosofia do conhecimento.
Publicou livros de filosofia, entre eles a antologia As Mulheres e a editora Escritos publicou, em coautoria, Diálogo sobre o Corpo, em 2004, e individualmente Filosofia Cinza – a melancolia e o corpo nas dobras da escrita. Em 2005 publicou Metamorfoses do Conceito e o primeiro romance da série Trilogia Íntima, Magnólia, que foi finalista do Prêmio Jabuti em 2006. No mesmo ano lançou o segundo volume A Mulher de Costas. Escreve também para jornais e revistas especializados assim como para a grande imprensa.
É conferencista e professora da Universidade presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
O que queremos dizer quando pronunciamos a palavra educação nos dias de hoje? Partilhamos a ideia de que a educação é o campo da aprendizagem e da formação humanas sem as quais não é possível pensar o sentido do nosso futuro individual e do futuro da sociedade da qual fazemos parte. Muitas vezes acreditamos que a educação seria a grande resposta para todos os problemas sociais, mas outras tantas vezes não sabemos bem o que é educação. Nestas horas, mesmo não tendo clareza sobre o que ela seja, a valorizamos. No mínimo, temos a intuição de que, sem a educação, não vamos a lugar nenhum. Ou não iremos a um lugar onde possamos dizer que seremos felizes.
Neste sentido, entendemos que a educação é o aspecto da vida que diz respeito à nossa formação não apenas como profissionais, mas como pessoas que vivem tendo a chance de compreender o que fazem consigo mesmas e com o mundo onde vivem. A educação tem uma dimensão fundamental enquanto é por meio dela que pensamos no que fazemos com nossas vidas. Quando dizemos “educação” não falamos apenas de conhecimento teórico, nem apenas de conhecimento prático. Mas do modo como aliamos a teoria e a prática: ou seja, o que pensamos e o que fazemos.
Sob este aspecto a educação é uma ética. Isso quer dizer que ela é um questionamento sobre o que fazemos.
Há, no entanto, de um modo muito visível, um processo de desvalorização da educação acontecendo em nossa sociedade. O lugar onde isso fica mais evidente é na transformação da educação em mercadoria, na educação que é mero serviço, ou mero meio para atingir um fim utilitarista. Que nossas crianças e jovensnão se sintam bem nas escolas ou aprendendo algo é sinal de que esses lugares nem sempre oferecem experiências que tenham sentido e sejam significativas.
Mas o problema não acaba aí. Podemos perceber também a desvalorização da educação na rapidez e no enfado com que muitas vezes tratamos a experiência escolar de nossos filhos e alunos e no nosso próprio descaso com a nossa experiência de aprendizagem que nós mesmos temos em relação à vida. Educação não é algo que se dá somente na escola. Sabemos que ela é uma prática cotidiana que se dá na vida. Ela define a nossa própria relação com a vida.
Por isso, é preciso hoje perguntar o que pode a educação, o que queremos dela, o que ela pode nos dar, mas também o que podemos fazer dela. Seria educação o que a escola faz pelos nossos filhos? O que ela faz por seus estudantes? O que fazemos deles? Ou seria a educação o campo de nossas experiências e do que fazemos uns com os outros?
Educação é o que nunca está pronto. Algo que precisamos inventar a cada dia, assim como precisamos inventar a cada dia a própria vida.
“A filosofia hoje precisa ser, para todos nós, mais que mera teoria construída por filósofos que hoje habitam as estantes da biblioteca, deve ser mais que bela prosa ou belo pensamento. Só será verdadeira a filosofia que estimular a reflexão e nos orientar sobre o que estamos fazendo conosco, com o mundo, nossa racionalidade e nossos afetos”( TIBURI, 2008). Para mostrar que filosofia é o modo de pensar de cada um que se qualifica e organiza, que aprende a se perceber e que, a partir daí, estabelece comunicação com o outro. Muitas vezes nosso pensamento nasce do pensamento dos outros, para afirmar ou negar o que o outro diz. Filosofia não é história da filosofia, mas método, maneira, jeito. É muito mais uma criação coletiva, que se faz junto com o outro, pelo diálogo, pela conversação, do que uma teoria que tem a pretensão de dizer a verdade, ou que, pode ser aceita porque esgotou o assunto.
Bibliografia
TIBURI, Marcia – Filosofia Brincante. Record, 2010
TIBURI, Marcia – Filosofia em Comum – para ler juntos. Record, 2008
Memorial
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
NOME: Adriana Ines Cenatti
PROFESSORA: Elisabeth Aguiar
MEMORIAL
Meu nome é Adriana Ines, nasci no interior do Rio Grande do Sul, hoje Município de Tiradentes do Sul. A região é essencialmente agrícola com a predominância de pequenas propriedades rurais. Tive uma educação com grandes valores familiares. Minha formação no Ensino Fundamental foi em escola pública e o Ensino Médio parte em escola privada, porque decidi cursar o Magistério. Como tenho saudades da minha época de infância onde corríamos e brincávamos. Mas com o passar do tempo, adolescência chegou e senti a necessidade de procurar algo melhor para minha vida em termos profissionais e de estudos. Nesta época já era professora, mas não tinha muitas oportunidades de trabalho, somente na prefeitura da cidade, muito menos de estudos.
Então com muito custo decidi vir para Porto Alegre deixando meus familiares no interior, porém com grandes sonhos e expectativas. O meu primeiro desafio foi morar na casa dos estudantes onde a vida não é tão tranquila. Muitas pessoas estranhas, cada qual com seus costumes. O segundo habituar-me à cidade grande onde você só vê as pessoas andando pelas ruas com pressa, não dando a mínima para ninguém. Acostumada com a vida pacata do interior onde as pessoas são mais apegadas, solidárias, acho que nos grandes centros há falta.
Com o passar do tempo ás dificuldades foram amenizando-se, conquistei uma moradia nova, o filho chegou e fui aprovada em concurso público da Prefeitura de Alvorada.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
A árdua missão: a de ser professor
Constantes agressões, desrespeito e ameaças a professores tornaram-se rotina nos noticiários. Os péssimos salários fazem com que à grande maioria das pessoas pensem antes de cursar licenciatura. É necessário, também, uma dose de coragem, sim, coragem para encarar uma rede pública de ensino falida, com poucos recursos, baixa remuneração, condições precárias em muitas instalações, instituições localizadas em áreas de alto risco e até mesmo a violência, que já vitimou vários profissionais.
Isso desestimula os jovens com vocação para a docência, fazendo com que cursem outros cursos superiores. Os profissionais da educação deveriam ser mais respeitados, pois têm a função de levar o aluno a construir seu conhecimento.
Os seus salários devem ser dignos, capazes de lhes garantir satisfação pessoal e ajudá-los em investimentos de aperfeiçoamento. Grande parte dos professores trabalha três turnos para poder manter sua sobrevivência, seu custo de vida. Em função disso, alguns deixam a desejar em seus planejamentos diários. Portanto, para que a profissão de professor seja valorizada, é preciso ter melhores salários, bem como um bom plano de carreira, trabalhar melhor a questão da violência e, principalmente, na própria comunidade escolar. E, por último, cabe aos pais dar limites a seus filhos, ensinando-os que o respeito é fundamental. O professor é um formador de opinião, um mestre, tem em suas mãos uma grande responsabilidade, mas não é, e nem pode ser responsável pela educação de alunos...isso é papel da família, que muitas vezes, desestruturada, arruinada, em razão de vários fatores, acaba repassando essa atribuição à escola, fazendo com que o professor arque com esse ônus