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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Carl Rogers

Licenciatura em Pedagogia

Psicologia da Educação I


Professora Cristiane Suardi

Grupo:
Alice Ritter, Carla Juliana, Caroline da Silva, Cristiane Oliveira e Daiane Fontoura


INTRODUÇÃO
O objetivo de nosso grupo é apresentar, através do presente trabalho, opensamentodo psicólogo humanista Carl Rogers, no que se refere ao desenvolvimento e à aprendizagem do indivíduo.

HISTÓRICO

O humanista Carl Rogers nasceu em 1902, na cidade de Chicago. Formou-se em História e Psicologia. Suas idéias entraram em confronto direto com o ideal behaviorista, quando chegaram ao Brasil, na década de setenta.
TÓPICOS
*Aprendizagem centrada no aluno – Rogers estendeu à educação as proposições da terapia. Sua teoria (humanista) deriva de sua prática em psicoterapia.
Para Rogers, o ser humano é essencialmente bom. Acreditava que em cada indivíduo há um núcleo positivo que caracteriza o valor pessoal e que tende a expressar-se. A pessoa é um ser que pensa, sente, decide, é um ser com capacidade de mudança, pois não é somente um organismo biológico. Por isso, a educação deve centrar seu processo nas necessidades do aluno.
*Desenvolvimento e personalidade- A tendência inata do organismo para desenvolver todas as suas potencialidades, através desse motivo ou necessidade, cujos são a fonte detoda a energia, explicamos o desenvolvimento humano. A personalidade faz parte desse todo, enquanto uma estrutura interna, que se desenvolve a partir da experiência.
Diz-se que o desenvolvimento é auto-dirigido, pois a personalidade possui essa pré-disposição à auto-realização.

*Noção do “EU”- A noção do “eu” refere-se à maneira pela qual a pessoa se percebe atuando no meio. Esse é um conceito importante para a compreensão do desenvolvimento do homem como pessoa. Essa imagem é como uma auto-imagem, pois se desenvolve quando a pessoa se relaciona com outras pessoas.
Características funcionais da noção do “eu”:
> O “eu” é o mediador entre as emoções e a consciência;
> O “eu” busca ajustar-se ao meio da melhor maneira possível;
> O “eu” busca um equilíbrio pessoal global;
> Só se agregam ao “eu” as experiências boas e positivas;
> O “eu” sofre mudanças constantes, quando a pessoa vivencia novas aprendizagens e experiências, favorecendo sua maturidade psíquica.
*Auto-valoração – É o processo de se auto-conhecer, e desenvolver a noção de “eu”, de se perceber a si mesmo. É o desenvolvimento dos valores pessoais, a partir de experiências igualmente pessoais.
*Conhecimento é autodescoberto – Dizemos que o desenvolvimento é autodirigido, da mesma forma que o conhecimento é autodescoberto. Por isso, o professor exerce a função de um integrador de conhecimentos. Com isso, pode afirmar que a aprendizagem compensadora é aquela que ocorre via discussões em grupo.
Princípios básicos da aprendizagem:
> É através de atos que a aprendizagem significativa é adquirida em sua maior parte;
> A auto-avaliação é função da capacidade de cada um de valoração pessoal;
> A avaliação feita por outras pessoas é secundária. A independência, a criatividade e a autoconfiança são todas facilitadas quando a auto-avaliação e a autocrítica são básicas;
> Todo o aluno tem a potencialidade e a tendência a realizar essa potencialidade do aprender;
> A aprendizagem que envolve mudança na organização do “eu” é ameaçadora e tende a suscitar a resistências. É ameaçadora na medida em que desorganiza e faz com que o sujeito mude a percepção de si mesmo;
> A aprendizagem significativa ocorre quando o conteúdo da aprendizagem é percebido como relevante para o aluno, a partir e seus próprios objetivos;
> Se a resistência do aluno à aprendizagem significativa é pequena, então ele realiza sua potencialidade para aprender. Quanto menos necessidade de usar defesas, mais prontamente organiza-se a representação. Os elementos discrepantes podem ser admitidos e integrados na auto-imagem e a aprendizagem ocorre e a personalidade se desenvolve.
* Motivação e aprendizagem significativa – A motivação envolve a complexa interação das capacidades de uma pessoa (aluno). É a força que impulsiona na direção da auto-realização. A aprendizagem favorece a conscientização de variadas experiências e conhecimentos, muito mais resistentes ao tempo, quando significativa (proporcionada pela motivação).
*Motivação e conteúdo programático – De acordo com a motivaçãodo aluno, o mesmo irá escolher as experiências nas quais irá agir de forma que melhor convenha ao alcance de seus objetivos. Ele (aluno) só aprende significativamente os conhecimentos que percebe estarem de acordo com seus ideais e propósitos, que favoreçam seu crescimento como pessoa.
*Motivação e autodisciplina -É através da motivação pessoal por um determinado conteúdo que o aluno irá disciplinar-se, objetivando uma comunicação mais efetiva e uma aprendizagem mais verdadeira. A autodisciplina é a única aceita para Rogers.
*Transferência da aprendizagem significativa – Uma transferência de conhecimentos é reflexiva, significativa, não-automática e contínua. Essa transferência se dá quando o aluno ocupa conhecimentos adquiridos em situações novas, presentes e futuras.

*Avaliação – Somente o aluno é capaz de avaliar o que é significativo para ele ou não; depende do próprio aluno perceber-se a si mesmo e valorar-se com consciência. A avaliação para Rogers é auto-avaliação. Um relacionamento de confiança entre professor e aluno e um entendimento de valores, com clima de liberdade e respeito, é fundamental à auto-avaliação. O aluno torna-se responsável pela sua aprendizagem, além de verificar se os objetivos certos foram alcançados.
CONCLUSÃO

A bagagem que os alunos carregam, diga-se, hereditária, de conhecimentos, em um contexto social, econômico e cultural como os do Brasil, não os possibilitam ter conhecimentos prévios, organização afetiva e processos de auto-avaliação.
O aluno finge que aprende, pois o professor é um facilitador e age com prática “laissez-faire”.
O que falta são planejamentos criativos, ousados e problematizados de realidade atual.
A teoria de Rogers nos possibilita um olhar que ainda não lançamos e necessário para nossa prática pedagógica: acreditar no outro, em minhas possibilidades e potencialidades.
Crer que somos capazes de criar, nos transformar, de realizar e de nos reinventar sempre que necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ULBRA. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem.
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. Mc Graw-Hill, Rio de Janeiro, 1983.
“Abordagem CENTRADA NA Pessoa” – Carl Rogers.
“A aplicação de teorias psicológicas ao planejamento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem”; CÓRIA-SABINI, Revista Psicopedagogia, 2003, p.162-172.







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