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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Há Vagas Para Professor

Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia

Professora Gabriela Luft

Karen Corrêa Portella Costa e Silva

Há Vagas Para Professor

A profissão de professor é um assunto produtivo. Em qualquer círculo de conversas, formais ou informais, todos parecem ter uma opinião a respeito deste assunto. Todos sabem como o professor deve ensinar e quanto deve ganhar.

Estes aspectos são realmente de grande relevância quando se pretende discutir os rumos da educação em nosso país. Contudo, precisam ser analisadas por pessoas com experiência e competência para tanto.

Os baixos salários são causas preponderantes de desmotivação. Não há como negar. Educadores de todo país participam de mobilizações. Lutam por melhores salários .Buscam seus direitos. Agregam-se a eles os “sem-teto”, os “sem-emprego”, os “sem-terra”, todos em busca de uma vida digna. O que nossos professores conseguem?apenas pequenas vitórias e algumas promessas. O que nós conseguimos?um professor com aparência ainda mais cansada. Desgastado. Desacreditado.

Outro aspecto que inquieta nossos mestres é a desestruturação da família. A falta de referências para essas crianças resulta diretamente na escassez de limites. A falta destes limites, aliada à inexistência de respeito com esta profissão fundamental, torna o exercício do magistério uma tortura.

Logo, professores mal pagos e desvalorizados são responsáveis por dar conta de uma tarefa que é antes da família: educar as crianças. Como dar tanta responsabilidade a quem não se dá o devido valor?

Com tantas contrariedades, fica fácil entender por que não nos deparamos mais com frases do tipo: “vou ser professor quando crescer”.Uma pesquisa realizada em 2009 pela Fundação Carlos Chagas deixa bem clara a situação atual. A maioria dos jovens sequer pensa em ser professor .

Conseqüentemente, a procura pelos cursos de licenciatura caiu quase pela metade. Estes dados obtidos através da comparação dos anos de 2005 e 2011 do concurso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são alarmantes.

Acredito que, caso não haja uma política de real valorização do professor, com implementação de salários e,principalmente, resgate da imagem deste, em breve correremos o risco de vê-los entrar em extinção. E, então, quem dará conta da nossa educação?

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