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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Memorial de Carla Juliana Cunha do Espírito Santo

Curso: Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: História da Educação
Professora: Elisabeth Aguiar
Aluna: Carla Juliana Cunha do Espírito Santo
Memorial – Carla Juliana Cunha do Espírito Santo
Meu nome é Carla Juliana, sou carioca, tenho trinta e nove anos, residente em Porto Alegre. Nasci na década de setenta. Pertenço a uma família onde os membros tem ideologias diversificadas. Isto é: Meu pai é Coronel do Exército ( por imposição de meus avós ) e, portanto, com referenciais da direita. Meu tio ( irmão de minha mãe ) é um dos fundadores do PT, logo, a família de minha mãe segue a ideologia esquerdista. Então, posso dizer que fui criada em meio a visões e pensamentos e referenciais bem distintos. A partir disto, contarei minha trajetória acadêmica: Quando pequena, nas séries iniciais, estudei em escolas particulares e de freiras ( educação repressora ). Na época ( 197... ) me recordo que a relação aluno/professor era muito distante, mecânica e vazia de recursos didáticos. Existiam castigos e punições severas. A única coisa que proporcionavam aos alunos eram livros com atividades maçantes e professores frios e indiferentes aos alunos enquanto seres humanos. Éramos como robôs, sem direito a sair da “linha”. Era época da ditadura (governo do presidente Figueiredo), onde o regime privava as pessoas de liberdade de expressão. Saliento, também, a forma imposta e manipulada cujas informações chegavam a nós cidadãos, forma parecida com a qual, na antiguidade, utilizavam os sufistas ( passavam antes pelo coador dos governantes ). Talvez por isso as relações sociais eram tão superficiais e desinformadas da realidade, e, portanto, alheias ao conhecimento, tornando-se despreparadas para ofícios como o da profissão de professor ( formador de opiniões ). Como ser formador de opiniões numa época onde tudo era proibido e censurado? Nem mesmo alunos com deficiências eram permitidos junto aos “normais”, onde gays não podiam se assumir perante a sociedade por vergonha ou medo de repressões, onde filhos de pais separados também eram discriminados pois era “feio” ser de família “desestruturada” perante a sociedade. Onde éramos proibidos de saber a verdade sobre muitos fatos da história de nosso país (nossa história). Pois é, passaram-se governos e governos e só fui notar alguma mudança, enquanto aluna e cidadã, após a eleição de Tancredo Neves (eleito presidente em 1985), pois ao mesmo tempo cai a ditadura e é reformulada a Constituição. A partir deste período, os direitos dos cidadãos começam a ser mais respeitados, a liberdade de imprensa é legalizada, a relação aluno/professor torna-se menos distante ( lembro disso enquanto estudante de magistério ), entre outros feitos benéficos..... Sendo assim, nos foi aberta uma gama de possibilidades, inclusive de lutar por nossos direitos, o que antes era proibido. Nos consecutivos anos, com a nova forma de governo, a tecnologia da informação e comunicação veio a desenvolver-se e ampliar-se cada vez mais, e, com isso, nos foi proporcionada uma inteiração mais fiel com a realidade e possibilitou aperfeiçoamentos em todas as áreas. Digo isto enquanto professora de escola pública, concursada desde 2005 e estudante de Licenciatura em Pedagogia ( faculdade pública ) que sou. Hoje tenho as informações e instrumentos que preciso em minhas mãos. Na escola onde leciono e na faculdade onde estudo, tenho toda a infraestrutura e apoio necessários para realizar minhas atividades com eficiência. Com isso, me desenvolvo cada vez mais. Meus alunos são muito respeitados por mim e tem total liberdade de expressarem-se e, com isso, sentem-se mais seguros e valorizados, aprendendo com mais vontade e facilidade. Sobre essa questão não poderia deixar de destacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governante esse que em sua história participou de grande parte dessa trajetória política do Brasil e quando conseguiu governar, através de muita luta e persistência, fez muito para avançarmos e sermos mais respeitados enquanto Brasileiros. Investiu em melhorias em várias esferas, inclusive da Educação. Olhando para trás percebo como o mundo se desenvolve melhor quando o direito das pessoas é respeitado e o quanto é importante o investimento na Educação para possibilitar o direito das pessoas de entender e aprender a realidade em que vivem, assim como de aperfeiçoarem-se para entrarem ou permanecerem no mercado de trabalho.

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